1º tempo: Santos começou pressionando. Marcação avançada e
atenta nas duas linhas do time japonês, que errava muitos passes. Em oito
minutos, de sensação, o Kashiwa virou um “pouco inocente”, segundo o comediantarista
da ESPN, Alexandre Oliveira, pelo gol tomado de cabeça, num escanteio. Algo
raro no mundo do futebol... E o Kashiwa continou tocando a bola.
Em 10 minutos o time japonês começou a mostrar seu jogo e
alugou o meio de campo. Colocou na roda, realmente, mas mostrou que, na
verdade, contra um time de verdade, a tática é estéril, pois não chegaram a
preocupar o João Paulo.
O Santos recuou demais e ficou esperando os
contra-ataques. Os meias não apareceram para a criação, nem para desafogar. E
o Kashiwa continuou tocando a bola.
2º tempo: O Kashiwa começou tocando a bola e o Santos assistiu,
aguardando o contra-ataque e muito atento na última linha, não dando chances e
não se desesperando com faltas ou carrinhos desnecessários. Apesar de tudo, o Kashiwa
continuou tocando a bola.
É um time muito bem treinado, mas com um talento
discutível para se chegar ao gol. Os santistas provaram que talento não se
aprende no Power Point. E que gol, continua sendo o mais importante. No final, “oré,
oré, oré, oré”.
Achei estranho o árbitro, nos escanteios, sempre indicar ao jogador, mostrando o apito, que
só poderia cobrar após sua autorização. Não está na regra. Algum especialista pode
se manifestar?
Vamos às atuações do time que mais fez gol no mundo contra o time que toca a bola. Desculpem as imprecisões.
João Paulo: Seguro em todas as bolas. Sem maiores
problemas no primeiro tempo. No segundo, grande defesa em chute perigoso.
Lucas Otávio: Roubou bolas importantes no início, mas não soube orientar o time diante do bom toque de bola do adversário. Tem um toque de bola refinado e preciso, precisa usar mais isso, sem medo. Na cabeça de área, foi impecável. Saiu aplaudido.
Daniel Guedes: Começou afobado, de
novo. Após o gol, fincou o pé na defesa. Displicente em algumas bolas. Fez um golaço
no segundo tempo. Aos poucos, vai pegando confiança.
Naílson: Atento ao rápido time adversário, começou
bem, marcando de perto e antecipando. Só de olho no Kashiwa tocando a bola,
não deu chances.
Paulo Ricardo: Limitou-se a esperar a hora de dar o
bote, mas o Kashiwa não chegava até ele, só ficava tocando a bola.
Gustava Eugênio: Entrou no final.
Fernando Medeiros: Muito tímido, deixou muitos buracos
no seu setor. Não atacou , não defendeu, nem parece que entrou em campo. Só
ficou admirado com o Kashiwa tocando a bola.
Serginho: Sumido, no geral. Nestas partidas que o toque
diferenciado tem que aparecer. Porém, fez um golaço num belo chute, que o comediantarista Alexandre
Oliveira, da ESPN, insinuou que foi falha do goleiro. Depois, sentiu que tinha
falado asneira e tentou amenizar.
Diego Santos: Entrou no final. Pouca participação.
Stefano Yuri: Cabeçada perfeita no primeiro gol. Recebeu
poucas bolas, diferente dos outros jogos, mas deixou sua marca. Precisa
assistir mais o que o Chulapa fazia. Uma trombada aqui, uma segurada ali...
Diego Cardoso: Começou meio perdido. Sem tempo de
bola, abusando da individualidade e querendo decidir. Tem talento pra isso, mas
precisa dosar mais e jogar para a equipe.
Matheus Augusto: Sempre tem chance de se consagrar
e... chuta fora.
Jorge
Eduardo: Começou bem, mas depois ficou muito recuado para fazer a recomposição,
às vezes se complicou. Mas mesmo assim foi importante na marcação. Golaço no
segundo tempo, de quem sabe chutar. Mais uma vez, o comediantarista da ESPN,
sutilmente, colocou na conta do goleiro.
No final, o Kashiwa
continuou tocando a bola. Certeza que levaram para casa.