terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Para quem gosta de futebol estéril, o Kashiwa tocou a bola.

1º tempo: Santos começou pressionando. Marcação avançada e atenta nas duas linhas do time japonês, que errava muitos passes. Em oito minutos, de sensação, o Kashiwa virou um “pouco inocente”, segundo o comediantarista da ESPN, Alexandre Oliveira, pelo gol tomado de cabeça, num escanteio. Algo raro no mundo do futebol... E o Kashiwa continou tocando a bola.

Em 10 minutos o time japonês começou a mostrar seu jogo e alugou o meio de campo. Colocou na roda, realmente, mas mostrou que, na verdade, contra um time de verdade, a tática é estéril, pois não chegaram a preocupar o João Paulo.

O Santos recuou demais e ficou esperando os contra-ataques. Os meias não apareceram para a criação, nem para desafogar. E o Kashiwa continuou tocando a bola.

2º tempo: O Kashiwa começou tocando a bola e o Santos assistiu, aguardando o contra-ataque e muito atento na última linha, não dando chances e não se desesperando com faltas ou carrinhos desnecessários. Apesar de tudo, o Kashiwa continuou tocando a bola.

É um time muito bem treinado, mas com um talento discutível para se chegar ao gol. Os santistas provaram que talento não se aprende no Power Point. E que gol, continua sendo o mais importante. No final, “oré, oré, oré, oré”.

Achei estranho o árbitro, nos escanteios, sempre indicar ao jogador, mostrando o apito, que só poderia cobrar após sua autorização. Não está na regra. Algum especialista pode se manifestar?

Vamos às atuações do time que mais fez gol no mundo contra o time que toca a bola. Desculpem as imprecisões.

João Paulo: Seguro em todas as bolas. Sem maiores problemas no primeiro tempo. No segundo, grande defesa em chute perigoso.

Zé Carlos: Limitou-se a marcar. Acho que guardava energias para o segundo tempo, quando é a arma secreta. Assistiu o Kashiwa tocando a bola.
Lucas Otávio: Roubou bolas importantes no início, mas não soube orientar o time diante do bom toque de bola do adversário. Tem um toque de bola refinado e preciso, precisa usar mais isso, sem medo. Na cabeça de área, foi impecável. Saiu aplaudido.



Daniel Guedes: Começou afobado, de novo. Após o gol, fincou o pé na defesa. Displicente em algumas bolas. Fez um golaço no segundo tempo. Aos poucos, vai pegando confiança.
Naílson: Atento ao rápido time adversário, começou bem, marcando de perto e antecipando. Só de olho no Kashiwa tocando a bola, não deu chances.

Paulo Ricardo: Limitou-se a esperar a hora de dar o bote, mas o Kashiwa não chegava até ele, só ficava tocando a bola.

Gustava Eugênio: Entrou no final.


Fernando Medeiros: Muito tímido, deixou muitos buracos no seu setor. Não atacou , não defendeu, nem parece que entrou em campo. Só ficou admirado com o Kashiwa tocando a bola.

Serginho: Sumido, no geral. Nestas partidas que o toque diferenciado tem que aparecer. Porém, fez um golaço num belo chute, que o comediantarista Alexandre Oliveira, da ESPN, insinuou que foi falha do goleiro. Depois, sentiu que tinha falado asneira e tentou amenizar.

Diego Santos: Entrou no final. Pouca participação.

Stefano Yuri: Cabeçada perfeita no primeiro gol. Recebeu poucas bolas, diferente dos outros jogos, mas deixou sua marca. Precisa assistir mais o que o Chulapa fazia. Uma trombada aqui, uma segurada ali...

Diego Cardoso: Começou meio perdido. Sem tempo de bola, abusando da individualidade e querendo decidir. Tem talento pra isso, mas precisa dosar mais e jogar para a equipe.

Matheus Augusto: Sempre tem chance de se consagrar e... chuta fora.

Jorge Eduardo: Começou bem, mas depois ficou muito recuado para fazer a recomposição, às vezes se complicou. Mas mesmo assim foi importante na marcação. Golaço no segundo tempo, de quem sabe chutar. Mais uma vez, o comediantarista da ESPN, sutilmente, colocou na conta do goleiro.
No final, o Kashiwa continuou tocando a bola. Certeza que levaram para casa.

sábado, 11 de janeiro de 2014

Boa vitória no clássico: 3 x 1

Para desespero daqueles que não gostam, e se apegam a isso ao invés de observar o futebol jogado, os meninos de cabelo e chuteiras coloridas ganharam mais uma. E teve a volta das dancinhas, para tristeza dos emburrados.

Mostrando muita vontade e um ótimo jogo coletivo, mesmo debaixo de um sol massacrante, os Meninos da Vila encararam mais uma vez o ótimo time do Criciúma, vice-campeão da Copa do Brasil. Nas duas partidas da final, ficou provado que são dois dos melhores times do Brasil. Difícil é entender o porquê dos dois times estarem no mesmo grupo. Vamos às atuações:

João Paulo: Saiu mal no escanteio, falhando no gol do Criciúma. Bateu roupa em falta de fora da área. Não foi bem.

Zé Carlos: Continua devendo nas bolas paradas, um de seus pontos fortes. Mas foi incansável. Aparece nas duas laterais, o que agrega mobilidade aos contra-ataques. 

Daniel Guedes: Excelente jogada no primeiro gol. Teve chance de desempatar, mas ficou no goleiro. Iniciou jogada do segundo gol. Conseguiu mostrar sua melhor qualidade, a velocidade, se soltando e fazendo sua melhor partida.

Naílson: Importante participação no segundo gol, marcando presença na área.

Paulo Ricardo: Sempre marcando de perto e atento.

Lucas Otávio: Minou o ataque e ajudou a defesa. Arriscou bom chute de fora da área. Corajoso, encarou os grandões do meio campo e fez bons desarmes. Raramente toca de lado, buscou sempre jogar verticalmente.

Fernando Medeiros: Cobrou boa falta, mas goleiro foi melhor.

Serginho: Começou bem, tentando aproximação com o ataque e jogando perto do gol. Dois ótimos chutes a gol, quase abrindo o placar, mas o goleirão foi muito bem. Fez sua melhor partida.

Diego Santos: Entrou no final e compôs o meio, sem maiores destaques.

Stefano Yuri: Buscou apresentar-se para o jogo, fez alguns pivôs e sempre chama a marcação. Fez um gol de oportunismo, de quem gosta de ficar na área. Na sequência, quase faz de cabeça, mas a bola bateu na trave. Mas aos 33 do segundo, mostrou que é um centro-avante nato e fez o terceiro.

Diego Cardoso: Incisivo e oportunista. Fez 1 x 0 aproveitando ótima jogada de Daniel Guedes e Jorge Eduardo. Tomou amarelo por reclamação, totalmente desnecessário. Saiu por cansaço.

Gustavo: Teve chance para ampliar mas foi afobado e individualista. Foi importante nos contra-ataques.

Jorge Eduardo: Ótima jogada dentro da área, acabou errando o chute, mas deu certo.

Primeirto tempo: Com a Vila lotada e sob um calor desumano, Santos teve a iniciativa e a posse de bola. Perdeu grandes chances de gol e esbarrou em boas defesas do goleiro adversário. Criciúma, sem seis jogadores vice-campeões da Copa do Brasil, se limitou a observar o Santos e não teve nenhuma chance clara de gol. Aproveitou-se da falha do goleiro santista num escanteio e empatou.


Segundo tempo: Santos começou ansioso e errando muito, mas com vontade. Aos poucos, foi se acertando e mostrou a já conhecida qualidade de seu jogo coletivo. Stéfano Yuri  e Diego Cardoso mostraram que estão nas suas melhores fases e comandaram a vitória, junto com Lucas Otávio, Serginho e Daniel Guedes, os melhores em campo.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

2 X 0 sem sustos

O Capital/DF mostrou que, raramente, dá chutão ou rifa a bola. Bem postado, estava compacto na defesa e nos contra-ataques, mas pouco eficiente na hora do último passe. Fez muitas faltas no começo para parar o jogo e quebrar o ritmo. Bem treinado, o time sempre saía jogando, mostrando sua filosofia, apesar da inferioridade técnica.

Ao Santos faltou mais troca de passes, para iludir, e inversões, para cansar o adversário e achar as brechas. Melhorou no segundo tempo, mas jogou com cautela, para não dar chances ao adversário. A superioridade técnica fez a diferença. Principalmente de Diego, Zé Carlos e Lucas Otávio.

Diferente do termo salto alto, o Santos foi bem. Jogou contra um bom time e o respeitou, pois contra o Criciúma, o Capital já tinha feito boa partida.

Comentaristas caem frequentemente no senso comum e dizem besteiras óbvias, para garantir o bom emprego, sabe-se lá conquistado como. Ouvi o absurdo “não tenho nada o que dizer sobre o Capital”, no intervalo. E tem torcedores que caem nessa...

Ficou evidente também que a equipe do Sportv, designada para a partida, mostrou que estudou os jogadores e foi bem, apesar de algumas inversões. Diferente da ESPN, que enrolou na transmissão do jogo passado, com uma clara deficiência em narrar o jogo e identificar os jogadores.


Está fácil ganhar dinheiro. 

De graça, sem maiores pretensões e ciente (ou não) das minhas falhas, aí vão as minhas considerações individuais:

João Paulo: Pouco exigido. Nem com os pés (no que ele é bom) precisaram dele. No segundo tempo, saiu mal num cruzamento perigoso, aparentemente fácil.

Zé Carlos: Sempre perigoso, joga aberto e sempre dá opção. Nos escanteios contra, fica como arma-secreta para o contra-ataque. Na recomposição, tem papel fundamental e foi bem. Sua bola parada ainda não apareceu. Um dos melhores em campo.

Daniel Guedes: Esteve atento nos contra-ataques do seu lado. Tímido (ou sensato?), pouco apareceu no ataque, teve velocidade, mas ainda está se afobando. Melhorou bastante da última partida. Cobrou um lateral bizarro.

Naílson: Atento, mostrou calma nos desarmes e seriedade e segurança nas antecipações. Foi pouco ao ataque. Já tem gente achando que Gustavo Henrique é passado...

Paulo Ricardo: Seguro, compôs bem a direita, sem sustos. Quase marca no final, mostrando que gosta e entende de subir ao ataque.

Lucas Otávio: Sempre bem posicionado pela direita, faz o time jogar. Boa visão, bom passe, falta ainda certa paciência para rodar a bola. Tem que entender que nem sempre a jogada deve sair por ele. Impressionante como sempre aparece no ataque, com chances de arremate ou assistência.

Fernando Medeiros: Começou mais avançado e demorou para entrar no jogo e achar seu posicionamento. No gol, bela cobrança, mas faltou vibração na comemoração. Fez ótimo passe para Diego fazer o segundo, mas o atacante acertou a trave. Cansou no segundo tempo e foi substituído.

Serginho: Começou mais recuado, invertendo com o Fernando. Tocava e se escondia. Lucas Otávio precisa de alguém mais ligado ao seu lado para iniciar as jogadas.

Diego Santos: Entrou no segundo tempo e assumiu o cargo de volante e organizador. Quebrou o galho dos cansados e foi bem, sem sustos.

Stefano Yuri: Apresentou-se para fazer a parede, deu trabalho. Foi brigador e voluntarioso. Uma bola na trave. Sumiu no segundo. Mostrou-se peça fundamental, pois atrai a marcação e não perde a bola fácil.

Diego Cardoso: Começou discreto e tentou buscar o jogo, recebendo algumas faltas. Inclusive, sofreu pênalty. Estava bem marcado e, talvez por isso, desperdiçou grande chance ao ser fominha. Bem posicionado e movimentando-se, perdeu gol dentro da área que não se pode perder. No segundo tempo, mostrou que queria jogo e foi recompensado com um gol. Depois empolgou e mostrou ousadia para furar a retranca e sem medo de pancada, partiu pra cima, motivado pelo gol e pela torcida.

Matheus Augusto: Teve a chance de entrar e marcar, mas ficou impedido. Mostrou habilidade e velocidade.

Jorge Eduardo: Lento, aceitou a marcação. Pouca participação, parecia desligado. Porém, no segundo gol, mérito total para ele. Ganhou na força, na velocidade e na visão de jogo. Bela assistência/cruzamento. Tem a confiança do técnico.

domingo, 5 de janeiro de 2014

Jogo sério, sem dancinhas.

Jogando sério, sem dancinhas ou firulas, os Meninos da Vila mostraram a nova cara. Foi só o começo, com o Alecrim, um time limitado, porém deu para perceber a nova postura. Vamos às participações:


João Paulo: Joga na composição da zaga e impôs segurança com os pés. Uma defesa difícil e pouca exigência.

Zé Carlos: Belo cruzamento no terceiro. Concentrado, passes precisos e atento na marcação. Jogou confiante.

Daniel Guedes: Tímido. Muita vontade, mas ainda sem confiança. Preocupado em marcar, estava nervoso.

Diogo Vitor: pouca participação.

Naílson: Grande gol, mostrou que está à vontade para ir à frente e surpreender. Atrás, sem falhas.

Paulo Ricardo: Seguro, pouco exigido, sem sustos.

Lucas Otávio: Imprescindível. Incansável. Organiza, fala e orienta. Rouba bolas, passa bem e se apresenta. E pra quem sente falta, intima árbitro, bandeirinha e adversário. Líder não se fabrica. Líder nasce pronto.

Fernando Medeiros: Iniciou ansioso e precipitado no passe, mas não sumiu e fez ótimo cruzamento para o segundo. Sempre aparece livre. Deu assistência no sétimo. É peça fundamental. Cabeça erguida e proximidade ao gol.

Serginho: Perdido, correu errado, nem apareceu. Toques de lado e pouca objetividade. Abre caminho para o Gabriel entrar de titular.

Neilton: Começou ligado e iniciou a jogada do primeiro. Continuou aberto na direita e não foi fominha. Falta um pouco de vibração nos gols da equipe, o que poderia ajudar a melhorar sua imagem. Quando vem buscar o jogo, se complica. Mas dá trabalho. Relaxou no segundo tempo e sentiu a mágoa da torcida vaiando. Bela assistência no oitavo. Deu pique para parar contra-ataque aos 43 e, resumindo, mostrou que joga sério.

Stefano Yuri: Mostrou entrosamento no geral. E oportunismo e talento no quarto gol. Seriedade na assistência do quinto gol. Perdeu gol feito, por capricho. Sexto gol foi de artilheiro puro, pois com 1,87, tem que aproveitar. Fez o oitavo, pois estava ligado no cruzamento do Neilton.

Diego Cardoso: Atento à linha burra, usou velocidade e fez o primeiro. Ligado, fede a gol e fez o segundo. Calma na assistência do quarto. Fez o quinto e humildemente agradeceu ao SY. No sétimo, mostrou que é do ramo.

O time:

Primeiro tempo: Focado, sério, sem fominhas ou estrelismo. A falta das dancinhas mostra a seriedade do grupo e a cara metal  do técnico Pepinho.




Segundo tempo: Começamos mais relaxados, mas logo voltamos à pegada séria que o técnico implantou. Muito bom ver o Santos jogar como equipe.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Sofia 5 anos

Sugeri Sofia, em primeiro lugar, pois minha família grega não deixaria eu fugir das raízes. E todos sabem que meu povo é bravo.

E depois, não menos importante, o significado. Sofia é sugestivo. Confesso que soa um tanto pretensioso, mas se a Raquel gostou e aprovou, fechamos.

Minha Sofia é inteligente, faladora, perspicaz, observadora e divertida, como a maioria das crianças. E tem saúde e disposição. Isto basta para mim.

Dias atrás, ela começou a rir de mim por motivos diferentes. Sempre riu das CHAPLINzisses que tento fazer, ou pelas caretas e bocas meia-boca JERRY LEWISianas. Mas passou a rir por palhaçadas mais “inteligentes”, STANDUPCOMEDYmente falando.

E o melhor, além do prazer em ver uma criança gargalhando, é que ela tenta me imitar e todos rimos juntos. Inclusive, a Raquel gargalha chorando mijando, ou... chora e mija gargalhando, um misto de orgulho com pré-disposição ao riso e incontinência.

O que me levou a agosto de 2009. Com um ano de idade, Sofia teve uma conjuntivite bem séria. A rotina diária de cuidados era, logo após o tetê da manhã e ela dormir mais um pouquinho em meu peito, eu passar gaze com soro nos olhos dela, entre outras coisas.

No terceiro dia, acostumada ao procedimento, ela tirou a gaze da minha mão e passou nos olhos, quebrando um pouco a rotina e se “divertindo” com isso. Fiquei bem surpreso. Nos demais dias, ela repetiu o procedimento e levamos assim, na brincadeira, estes dias de molho.

E com todos os defeitos de uma criança que chora por qualquer “coisinha”, que ainda tem uns resquícios de egoísmo infantil, que não come carne (a não ser o franguinho do papai), que já tomou tapa na boca por ser respondona, que rejeita as escolhas de roupas da mãe, simpática e antissocial em menos de meia-hora... é uma criança feliz. Na essência, no espírito e no caráter.

Tudo é diversão. Até quando não cabe uma brincadeira, ela insiste. De manhã acorda, todos apressados e ela brinca com a pasta de dente. No meio de uma bronca (que sempre é um só que dá, pois o outro não aguenta de rir e sai de cena), ela manda um “eu te amo”. E convence o pai e a mãe que a vida é isso.

Sabedoria é ser feliz. Acertei no nome.

Papai Eros.

E sábia que é, canta os dois Hinos do Santos desde os 3 anos de idade.

http://www.youtube.com/watch?v=sVFlKDA-Jj4

http://www.youtube.com/watch?v=YrNla72G_RY




Meus trabalhos: http://eroscasabranca.blogspot.com.br/

terça-feira, 30 de abril de 2013

Muricy é preguiçoso, o projeto é da Globo e Neymar não é um “Bem Amigo”


Muricy é preguiçoso

Que Muricy é (ou está) preguiçoso, todos nós sabemos.

Acho que o Ricardo Rosa, sentindo que o grupo precisava de "algo a mais", se propôs a fazer um papel que julga importante: motivar a equipe.

Pode ter metido os pés pela boca.

Sinceramente, acho que Rosa apertou a tecla "FODA-SE" e resolveu mostrar para o grupo uma conduta diferente a seguir. Um momento novo. Mostrar no que acredita que precisa ser feito a mais.

Não mediu consequências e passou por cima da hierarquia.

E nessa, escancarou a total falta de comando do técnico. Escancarou a aversão aos métodos defasados e enganadores.

Escancarou, principalmente, a carência da equipe de um líder que os represente de verdade. Que saiba o que eles sentem, o que querem e o que podem dar.

Daí fica a lição de Luiz Tomaz, felizmente, de volta ao Blog do Odir Cunha:

“O Santos se quiser conquistar a vaga para a final, terá que, primeiramente, contrariar seu treinador”.

Eliminados sábado ou tetracampeões históricos, não me surpreenderei se Rosa for demitido. Quanto a Muricy, sei que continuará, a menos que a torcida tome alguma medida drástica.


O projeto é da Globo

Odir Cunha, primeiro a alertar e dar argumentos concretos sobre a ‘espanholização’ do nosso futebol, ganhou outro defensor de peso: Antonio Carlos Teixeira, no Observatório de Imprensa.

Teixeira ressalta, com estas palavras: “O projeto é da Globo”. E diz mais:

Os escolhidos para fazerem a vez de Barça e Real no Brasil são Flamengo e Corinthians, donos das duas maiores torcidas do país, de acordo com pesquisas. Os paulistas têm sido também beneficiados pelo governo federal.

Avisa e argumenta:

“A Globo vai apostar no novo Maracanã para reforçar o culto ao Flamengo, vinculando a história do estádio à do time de Zico.

“A mais clara (evidência) é o patrocínio da Caixa Econômica Federal, além de dinheiro do BNDES para construção do estádio em Itaquera. Além do tempo de exposição nos telejornais e dos jogos transmitidos sem critérios, a não ser o do privilégio descarado”

“... a Rede Globo dará ao Corinthians núcleo específico na novela Sangue bom, a nova trama das 19 horas, que estreou segunda-feira (29/4).”

Para mim, fica bem evidente o desespero de uma emissora retrógrada que está perdendo prestígio e audiência, por não perceber que, faz tempo, passa lixo na programação.

A Globo não percebeu que o público está entendendo, e inteligentemente, migrando para a internet. Não estou falando dos jovens. Estes já sabem o que acontece. O interessante é notar que o público maduro/idoso/melhor idade, após anos da ditadura da informação, está descobrindo grandes verdades.

Neymar não é um “Bem Amigo”

Voltando a Luiz Tomaz, o que dizer de um santista de corpo e alma, falando sobre a campanha de expulsão de Neymar? Algumas das brilhantes indagações de Tomaz:

“Você viu Zico ser execrado, xingado e vaiado com ameaça de deportação porque perdeu o pênalti em 1986 contra a França?”

“Você viu Julio Cesar ser vaiado, e tudo o mais, porque entregou o ouro do Brasil contra a Holanda em 2010?”

“Você viu Ronaldo Traveco ser xingado ou vaiado porque amarelou em 1998, junto com todo o time e tomou uma goleada da França numa final de Copa do Mundo?”

E uma constatação das melhores:

“Com a idade de Neymar, Messi e Cristiano Ronaldo não tinham, o primeiro, nem 1/3 e o segundo, nem a metade dos gols que Neymar fez até hoje, pra não falar dos títulos, sendo sempre o artilheiro, campeão protagonista e melhor jogador.

Representou tudo o que o amante do futebol tem vontade de falar. Tudo o que quer que se revele na mídia.

O incansável e tranquilo Ademir Quintino também não se conteve. Meteu a foto de Mano, Ronaldo Traveco e Parreira na capa do seu blog e questionou, ainda que muito educadamente:


Por que o senhor Ronaldo e o distinto Mano Menezes não pedem por exemplo, que o “craque” Paulinho vá jogar na Europa? Por que os mesmos defenderam o retorno de Alexandre Pato?”


E no fim, Quintino desabafa:

Que teoria é essa que nossos astros têm de brilhar lá fora e não aqui perante o seu público?

Andre G10vani, outro contribuinte de peso ao Blog do Odir, como muitos outros, defende a ideia de uma campanha massiva contra o "Vai pra Europa Neymar".

Só tenho algo a dizer, G10vani: estou dentro! Em tudo que for combinado. Não podemos esperar o fraco, inexperiente e inoperante marketing do Santos. Positivamente falando, precisamos ajudá-los, pois infelizmente eles não têm noção do que a torcida quer.

No amaldiçoado Bem Amigos de 29/04/13, que assisti teimosamente, com minha esposa me questionando como eu aguento, esperei o assunto Neymar. Seu nome foi citado 117 vezes, como lembrado por Dionisio Rodrigues Martins e digo: foi constrangedor.

Foi um programa dividido em duas partes: uma “sutilmente” pedindo que Neymar vá para a Europa nesta próxima janela; a outra resumiu-se a Galvão, com sua falsa modéstia característica, se auto elogiando e seus puxas-saco lambendo suas botas e fazendo cara de feliz com suas grosserias, aturando sua total falta de tato ao conduzir uma conversa decente e democrática.

E mais. Toda a incoerência de um Parreira foi mostrada. Pasmem.

A frase "jamais uma seleção brasileira irá jogar como o Bayern ou Barça" revela muita coisa. Outra dizia “Não temos que copiar os europeus, pois não conseguiremos, temos que jogar o nosso futebol”.

Alguém defina inteligentemente isso: Para o Parreira, Neymar tem que ir pra fora, mas não devemos copiar o futebol que se joga lá.

Bom, a Copa já foi. A Seleção Brasileira está nas mãos de dois senhores ultrapassados. Acompanham o futebol atual, mas, muito impressionantemente, não entendem o que está acontecendo.

Certeza é que um dos fatores pela aversão ao Neymar é, teoria minha, que o seu “staff marqueteiro” não permite participações em programas imbecis.

E programas imbecis é o que mais temos por aqui.

Infelizmente, esta atitude não permite a participação em outros poucos bons programas.

Essa ausência do Neymar causa uma guerra de interesses. Fica explícita uma provocação para ver se conseguem a presença do Melhor Jogador do Brasil em seus programas toscos, garantindo suas esmolas patrocinadoras e seus empregos sem honra.

São os prostitutos da opinião a felar os endinheirados, que exigem: quero gozar na sua boca com você dizendo: “Fora Neymar”.

Mas, ao final de tudo, estou bem tranquilo, pois sei que o pai do Neymar, ou o Eduardo Musa, irão defendê-lo pela internet.

sexta-feira, 29 de março de 2013

É um respeito desnecessário, um medo descabido, um cuidado covarde. Este é o Santos que joga na Vila Belmiro hoje.

 Hoje não. Faz um tempinho já. Respeita o adversário demais, teme um contra-ataque e joga trocando passes, em cima de cascas de ovos, desacelerando o jogo. Deixa o adversário jogar com liberdade e, principalmente, atacar.

Tenho saudades do ímpeto de um Santos, com ou sem craques, que partia pra cima, marcava no campo adversário. De um Santos que, com ou sem títulos, todos queriam ver. De um Santos que, ignorando campo ou tempo ruins, nas épocas magras, aos trancos e barrancos, sufocava, inibia, provocava o erro, amedrontava no alçapão. Ganhando ou perdendo.

De um Santos que, na adversidade, buscava algo maior, algo para ser conquistado e comemorado. Comemorado com a torcida companheira de sempre ou com a torcida adversária-admiradora, que a história está aí para provar. Era assim, na maioria das vezes, no Urbano ou fora dele.

O futebol mudou? Sim. Mudou. Para o bem? Bem de quem? De quem joga de lado? De quem dá porrada? De quem prefere a defesa? De quem desiste do ataque? De quem prioriza a bola parada? De quem se contenta com um empate?

O futebol está ficando chato. Faz tempo. Mas se até o Santos entrou nessa, eu começo a desistir. O Santos é, ou era, um dos últimos redutos do futebol brasileiro jogado pelo melhor motivo: “A arte da busca pelo gol”. Parece complicado, mas não é.

Vou repetir: “A arte da busca pelo gol”.

O ímpeto foi trocado pela falsa calma do toque de lado. O abafa foi trocado pelo vou me poupar pro resto da partida. A ousadia foi superada pelo vou fazer o simples e garantir meu salário.

Tudo isso que estamos passando, boicote da televisão estatal, recalque, invenções e campanhas jornalísticas, são apenas consequências. Podemos conviver com isso, mas não sem lutar. Minha esperança é que alguém tome as rédeas do nosso futebol.

Não vou pedir muito. Ah... deixa pra lá vai..., vou sim. Vou exigir, como santista autêntico que sou.

Primeiramente, que o senhor Muricy Ramalho se demita. Se isso não ocorrer por bem, a nossa torcida fará com que ocorra.

Segundo, que seja contratado um técnico que entenda de “Santos”, de futebol ofensivo; de coragem, de ousadia e de justiça com quem tem talento e treina bem. E que esse técnico ganhe por produtividade.

Terceiro: que o marketing do Santos seja profissional e adequado à grandeza do clube, possibilitando que um pai, com seu filho ou filha, entre numa loja e encontre a camisa dos nossos jogadores, atualizadas.

Quarto: vender ingressos antecipadamente. E é o modo com que o clube pode ganhar muito dinheiro. Com carnês para um campeonato todo, ou parte dele.

Por último, que nossos craques, ou futuros craques, até os pseudo ou quase craques, que não são poucos, mostrem nossa camisa e nosso distintivo onde forem. Pois ganham bem e são tratados muito bem, uma exceção nesse País.